Já não se pode ir mais a lançamentos literários,
sossegado, como antigamente. Sinto saudades da época em que eu entrava e saia
deles sem ser intimado. E essa coisa de intimação, quando se trata de
desconhecidos ou Justiça Federal, por exemplo, você tira de letra, sai pela
tangente e ponto final. Mas quando se trata de uma amiga é complicado.
- Você tem de fazer um blog porra! – decretou Cinthia
Pessoa, sem dó, nem piedade.
- Mas logo eu?!!!! Pobre de mim. Por que você
não vai pegar no pé daquele poste ou então daquela banca de revista ali
defronte (eles estão loucos pra fazer um blog) e me deixa quieto aqui no meu
canto Cinthia?
- Porque você tem de fazer e pronto. Não faz por
preguiça. Tem de fazer.
- Isso dá um trabalhão danado. Nunca me esqueço
da época do portal de blogs da Abril Cultural, tempo em que virei escravo dessa
joça, para deleite de muitos e aporrinhação de apenas um: o besta que vos fala.
- Mas tem de fazer e não se discute mais o
assunto.
Eu hein! – pensei com meus botões, parece até
agulha de vitrola emperrada, se é que isso ainda existe.
Mas Cinthia, a quem adoro de paixão, quando
encasqueta não admite não como resposta. Também pudera, é da mesma trupe e
têmpera de Cláudius Portugal - elemento do qual sou dependente químico na minha
condição de poeta. Sem ele por perto tenho crises de abstinências horrorosas.
Joguei a tolha:
- Ok, eu faço essa porra desse blog, mas só se
fizer um pacto comigo.
-Qual?
E passei a enumerar o que eu precisava, relativo
às caspas de Chico e aos piolhos de Francisco, pra me meter nessa furada
novamente.
- Topado, pacto fechado.
Portanto, aqui está o blog. Não tenho culpa de
nada. E qualquer queixa deve ser encaminhada à Cinthia Pessoa Santiago.
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